Homem mordeu cobra pitão para não ser engolido

Um camponês mordeu uma cobra pitão para se libertar do aperto mortal e usou a camisola para impedir o animal de o engolir. A luta durou três horas.

Uma cobra pitão enrolou-se à volta de um homem, no Quénia, e levou-o para cima de uma árvore. Ben Nyaumbe agarrou-se à vida como pôde. Mordeu o animal na cauda e usou a própria camisola para tapar a cabeça do réptil, evitando, assim, ser engolido.

A luta pela vida durou cerca de três horas. A polícia salvou o homem e capturou a cobra, de quatro metros de comprimento.

Ben Nyaumbe disse à polícia que conseguiu usar o telemóvel para pedir ajuda num momento em que a pitão aliviou a pressão que fazia sobre o corpo, para o esmagar.

O patrão de Ben Nyaumbe e alguns populares conseguiram laçar a cobra com umas cordas, puxando animal e homem para baixo da árvore.

"A cobra estava enrolada à volta das mãos e tentava engoli-lo, mas ele lutou arduamente. Os polícias e os populares conseguiram salvá-lo", disse Peter Katam, superintendente da polícia de Malindi, no Quénia.

"Estava ferido no lábio, a sangrar um pouco, porque a ponta da cauda da cobra é áspera e ele teve de a morder", acrescentou Peter Katam, em declarações à BBC.

Em declarações ao jornal "Daily Nation", Ben Nyaumbe contou como sobreviveu. "Calquei algo esponjoso no chão e, de repente, a minha perna estava embrulhada pelo corpo de uma pitão gigante", disse. "Tive de a morder", acrescentou.

O superintendente da polícia de Malindi disse que pretenderam disparar sobre a cobra, mas não o fizeram com receio de matar o camponês. "Se a ajuda não chegasse a tempo, teria sido engolido", disse.

Peter Katam ficou surpreendido pela forma como a cobra atacou o homem. "É muito misteriosa esta capacidade de levar um homem para cima de uma árvore. Nunca tinha ouvido falar de tal", disse.

A polícia levou a pitão para um santuário de reptéis, mas esta logrou escapar. "Estamos activamente à procura da cobra. Queremos prendê-la, porque qualquer um de nós pode ser uma vítima do animal", acrescentou.

in JN online, 07-11-2011