Stefan Ramin está desaparecido desde meados de Setembro.
Agora, a descoberta de restos de um cadáver queimado, levanta suspeitas de que o alemão pode ter sido vítima de canibalismo.
- Stefan Ramin e Helke Dorsch, na Dominica, durante a sua volta ao mundo à vela -
Stefan Ramin, 40 anos, de Hamburgo - Alemanha desapareceu no mês passado da ilha tropical de Nuku Hiva, na Polinésia Francesa.
Após semanas de investigação foram encontradas roupas e vestígios humanos queimados junto a um acampamento. Os vestígios, encontrados num vale remoto da ilha, conduziram a suspeitas de que o turista possa ter sofrido um ataque de canibalismo.
As cinzas obtidas, testadas em Paris, irão determinar a identidade da vítima. Estima-se que o processo demore várias semanas.
Na ilha, encontra-se um grupo de 22 polícias à procura de Henri Haiti, o guia local que levou o turista numa expedição de caça nas montanhas. Presume-se que Haiti terá sido a última pessoa a ver Stefan vivo.
Haiti voltou da expedição para avisar Heike Dorsch, a namorada de Ramin, que teria havido um acidente e que o turista se encontrava ferido. Quando esta se preparava para lançar o alerta, o guia, antes de fugir, alegadamente atacou e prendeu Dorsch a uma árvore.
Dorsch alertou as autoridades, horas depois de conseguir soltar-se. O exército está também, desde essa altura, activo na busca do turista.
Volta ao mundo
O casal partiu da Alemanha em 2008 para aquilo que julgavam vir a ser a viagem das suas vidas, à volta do mundo à vela. A 16 de Setembro deste ano, chegaram de catamarã a Nuku Hiva, a maior das ilhas Marquesas. Planeavam ficar vários meses.
Os vestígios queimados - ossos, dentes e chumbos derretidos foram encontrados uma semana após o desaparecimento.
Os investigadores acreditam que "um corpo humano foi cortado em bocados e queimado", segundo o Daily Mail.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão afirmou estar "a par do caso e em contacto com as autoridades locais".
Sites informativos da Polinésia Francesa relatam que a nação está em choque. "Ninguém consegue acreditar que isto aconteceu", disse Deborah Kimitete, Vice-Presidente de Nuku Hiva ao Les Nouvelles, um site noticioso local.
Nuku Hiva tem pouco mais de 2000 habitantes e um passado de canibalismo, mas acreditava-se que tal prática estava extinta.
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