«Um estudante universitário de 26 anos, que procurou um médico em São Paulo por sentir fortes sintomas de gripe, passou por uma situação que jamais imaginou poder acontecer-lhe. Alegando que, para confirmar a suspeita de gripe precisava analisar a virilha do rapaz, o médico enfiou-lhe a mão nas calças e começou a acariciar-lhe o pénis.
“Ele disse: vou ter que examinar a sua virilha. Enfiou a mão por dentro das calças e ficou a tocar-me no órgão genital, por dentro das minhas cuecas.”, contou o universitário ao inspector José António Caires, na esquadra onde prestou queixa. O rapaz também fez uma reclamação por escrito à direcção do Centro Clínico Intermédica, em Itaquera, onde, segundo ele, o episódio ocorreu.
De acordo com o jovem, ao descrever os sintomas e adiantar que pareciam de gripe, o médico mandou-o deitar na maca e começou a apalpar-lhe a barriga e as coxas, culminando com a introducção da mão sob a roupa e as carícias no pénis. Enquanto isso, o clínico ia dizendo ao assustado rapaz, sempre segundo a queixa deste, que o achava “um negro muito lindo, muito gato mesmo, muito gostoso”.
“Eu fiquei espantado, porque nunca me tinha acontecido algo semelhante, e comecei a tremer, sem saber como reagir", relatou o universitário, segundo o qual o médico lhe fez diversas perguntas pessoais, como se tinha filhos ou namorava. “Quando lhe disse que estava noivo e ia casar, ele respondeu que a minha noiva era uma mulher de sorte, pois eu sou um negro muito bonito.”
A clínica não quis dar detalhes sobre o caso, informando apenas que o médico em causa, que nega todas as acusações, trabalha ali há 15 anos e nunca houve queixas contra ele. Apesar disso, o clínico foi afastado até que tudo seja completamente esclarecido. O inspector vai ouvi-lo e provavelmente confrontá-lo com o universitário antes de decidir se vai incriminá-lo, e de que crime.»
in CM online, 15-7-2011
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