Cidadão português que acredita ser dono de um principado no Ilhéu da Pontinha,
junto ao Funchal, concedeu autorização ao Presidente da República para passar o
seu território marítimo.
- D. Renato II -
O cidadão português Renato Barros (segundo o próprio, D.Renato II) atingiu há
algumas horas o seu auge mediático quando o Diário de Notícias da Madeira
divulgou um comunicado do seu "principado" a autorizar Cavaco Silva a passar as
200 milhas ao largo do Ilhéu da Pontinha, situado a 70 metros do Funchal e que
inclui o Forte de S.José.
O alegado "principado" não é reconhecido pela ONU, mas tem uma entrada na Wikipedia. Renato Barros reivindica a independência do "Principado do Ilhéu da Pontinha", do qual diz ser, obviamente, o príncipe. Já fez inclusive petições públicas para levar o pedido às Nações Unidas e as suas manobras diplomáticas incluem páginas em inglês a divulgar a causa.
No comunicado emitido ontem, o "príncipe" (que dá a si próprio o cognome de "o justo") levou longe a ousadia ao considerar Portugal um "país irmão" e ao lembrar que estas 200 milhas náuticas, tal como a parte terrestre, estão consagradas numa "carta régia do rei D.Carlos de 1903".
No site da causa e nas várias plataformas que tem pela Internet (incluindo uma página no Facebook, onde solicita donativos e cede o NIB "real") Renato Barros explica que comprou o território por nove contos (45 euros) em 2000.
A independência do Ilhéu só foi, no entanto, declarada em 2007. O lema da não reconhecida nação - que segundo a Wikipédia tem quatro habitantes e uma economia baseada no vinho - é: As palavras faladas voam, as escritas permanecem.
Fonte: DN online, 18-7-2013
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