terça-feira, 18 de junho de 2013

Bebé bósnia Berina Hamidovic morre por falta de passaporte


Uma bebé bósnia de três meses morreu por não ter passaporte. A menina podia ser tratada na vizinha Sérvia, mas a falta de identificação atrasou a entrada do bebé no país. Milhares de pessoas reuniram-se junto do Parlamento bósnio para se manifestar contra a morte da criança. Veja o vídeo em baixo.

Por não ter identificação, Berina Hamidovic de três meses foi impedida de entrar no território sérvio para ser operada. Os pais afirmam que o tempo que perderam até convencer as autoridades na fronteira sérvia custaram a vida à criança.

A menina chegou a dar entrada em Belgrado, mas quando chegou ao hospital já era tarde demais e acabou por falecer.

"Conseguimos levar a nossa filha para Belgrado depois de termos implorado para nos deixarem passar. Não tínhamos qualquer documento de identificação e tivemos de ser nós a tratar de tudo para que pudesse atravessar a fronteira", refere o pai citado pela Euronews.

Depois de dar entrada no hospital de Belgrado, as autoridades bósnias recusaram-se a financiar a cirurgia da bebé. Apesar dos médicos servos terem concordado em continuar o tratamento, Berina acabou por contrair uma infeção e morreu no local.

A criança sofria de fístula tráqueo-esofágica, que resulta numa má comunicação entre a traqueia e o esófago, e já tinha sido submetida a uma operação, sem sucesso, em Sarajevo.

Milhares protestam frente ao Parlamento bósnio

Na noite de domingo, milhares de pessoas juntaram-se, em silêncio, junto ao Parlamento bósnio para se manifestar contra a morte da bebé de três meses.

Berina Hamidovic foi a primeira vítima dos recentes problemas bósnios na atribuição de identificação a recém-nascidos que tem reunido milhares de pessoas em protesto em frente ao parlamento da Bósnia-Herzegovina, em Sarajevo.

A razão dos protestos centra-se na demora dos deputado em aprovar uma nova lei referente à atribuição de identificação depois da anterior ter caducado. O impasse centra-se na forma de dividir distritos para determinar os dígitos do número de identificação de cada cidadão.

A situação já deixou centenas de bebés, nascidos desde fevereiro deste ano, sem identificação e sem passaporte.







in JN online, 17-6-2013

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