Um satélite de observação atmosférica, de quase seis toneladas e que deixou de funcionar em 2005, cairá na Terra sexta-feira, algures no mar, calcula a NASA
A reentrada do Upper Atmosphere Research Satellite (UARS) está prevista para acontecer na próxima sexta-feira, mas poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde um dia, calculam os especialistas, que contam avançar com orientações mais precisas à medida que se aproxime o momento.
Para já, os cientistas nem conseguem precisar o local onde cairá o satélite, de seis toneladas, mas o mais provável é que caia sobre o mar, já que a maior parte da superfície da Terra é ocupada por oceanos.
O satélite encontra-se em órbita com uma inclinação de 37 graus relativamente ao equador, por isso, qualquer peça que não seja destruída na reentrada atmosférica cairá entre os 57º de latitude Norte e os 57 Sul.
Os especialistas da NASA estimam que os fragmentos poderão estender-se numa área de 800 quilómetros de comprimento.
A probabilidade de um pedaço do satélite atinja uma pessoa é de uma para 3200. "Extremamente remota", resume a NASA.
Calculam, ainda, os técnicos da agência espacial norte-americana que cerca de 26 peças do UARS poderão resistir à reentrada. O satélite, que já não tem combustíveis tóxicos, mede 10,7 metros de comprimento e 4,5 de diâmetro.
O UARS foi lançado para o espaço, a bordo do Discovery, há 20 anos, com 5668 quilos de combustível. Custou 750 milhões de dólares e teve como missão fazer medições da camada de ozono e da composição química da alta atmosfera, dos ventos e das temperaturas da estratosfera.
Até Dezembro de 2005, manteve-se em órbitra, a 580 quilómetros da Terra, e desde aí, tem vindo descer, aos poucos. Os especialistas que acompanham em permanência do lixo espacial já calculavam que caísse na Terra este ano, em finais de Setembro, início de Outubro.
No Joint Space Operations Center, na base da Força Aérea em Vandenber, Califórnia, os cientistas vão recolhendo informações sobre o satélite e melhorando as previsões sobre a chegada do UARS à Terra.
Não há comunicações com o satélite, pelo que o acompanhamento da rota é feito através de radares e telescópios.
in JN online, 19-9-2011
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