O ministro das Finanças do novo Governo japonês afirmou que os idosos doentes
devem "morrer rapidamente" para aliviar o Estado do pagamento de cuidados
médicos.
- Taro Aso -
"Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem
morrer" disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da
segurança social.
Segundo o jornal britânico "Guardian", o ministro está a ser alvo de fortes críticas por
declarações como: "O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer,
e depressa".
O mesmo ministro chamou ainda "entubados" aos doentes que já não se conseguem
alimentar pelas próprias mãos e acrescentou que "o ministro da Saúde está
consciente das despesas de saúde por paciente".
De acordo com o "Guardian", os comentários de Aso são motivo de ofensa no
Japão, onde um quarto da população, de cerca de 130 milhões de habitantes, tem
mais de 60 anos de idade.
O ministro das Finanças, neto de um primeiro-ministro do pós-guerra, já foi
também chefe do Executivo e ministro dos Negócios Estrangeiros, e é conhecido
pelas declarações polémicas: foi considerado particularmente insultuoso para com
os doentes de Alzheimer e em 2001 afirmou que gostava que o "Japão fosse o país
em que os judeus ricos gostassem de viver".
Um relatório divulgado na segunda-feira em Tóquio indica que mais de dois
milhões de japoneses dependem da segurança social.
O novo Governo do primeiro-ministro Shinzo Abe foi eleito no passado mês de
dezembro e espera-se para breve o anúncio de novas medidas sociais.
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